Tenho notado em boa parte dos pacientes que atendo no consultório, uma certa dificuldade na perda de peso, mesmo diante de um planejamento alimentar com baixo consumo de carboidrato e treino.
Quem me acompanha aqui sabe o quanto eu enfatizo a importância do consumo de gorduras boas, como uma das estratégias que auxiliam no emagrecimento.
Um fato que observei nestes pacientes que não estavam obtendo a perda de peso, foi o consumo em excesso de gorduras “erradas”.
No caso, principalmente, o ômega 6 (ácido linoléico).
Estudos recentes mostram que o consumo excessivo de ômega 6 pode causar dois dos problemas prejudiciais à saúde de maior prevalência: multiplicação de tecido adiposo e inflamação crônica, que são dois dos maiores indicadores de obesidade
Os pontos negativos desses dois problemas incluem doença cardíaca, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e câncer.
Seria praticamente impossível excluir 100% o consumo do ácido linoleico, mas podemos evitar algumas das principais fontes desse ácido graxo, como por exemplo: óleos de sementes (milho, girassol, soja, canola, algodão, óleo de amendoim e castanha de caju).
**FIQUE ATENTO AOS RÓTULOS dos alimentos que for consumir!!**
Dê preferência ao consumo de alimentos que contenham mais gorduras saturadas, como as carnes. Principalmente a carne bovina, pois os ruminantes tem a capacidade de converter o ácido linoleico em ácido esteárico, um tipo de ácido graxo saturado. Já os animais que possuem apenas um estômago como aves, porcos e nós humano, não temos essa capacidade. Por isso, eles possuem uma quantidade de ácido linoleico 5 a 10 vezes maior na sua gordura quando comparado aos ruminantes. A minha recomendação é que escolha cortes magros para aves e porco, como o peito do frango e o lombo suíno. Uma boa fonte para consultar a quantidade de ômega 6 nos alimentos é a tabela TACO.